top of page

Na contramão da maioria dos municípios, Padre Bernardo não elegeu nenhuma representante feminina

Em Padre Bernardo, infelizmente, não teremos nenhuma representante das mulheres no legislativo do município para a próxima legislatura. O que não implica, é claro, que as mulheres não continuem participando da política local de outras formas.

ree
Câmara de Padre Bernardo (Foto: Reprodução).

No pleito anterior, foram 37 candidatas à Câmara de Vereadores de Padre Bernardo. Destas, foram eleitas duas mulheres. Esse ano, o número de candidatas aumentou para 42. Três obtiveram êxito no percentual de votos gerais, mas acabaram perdendo posição, devido às regras de distribuição de percentual partidário.


- Inserção das mulheres na política no Brasil

A inserção da mulher na política brasileira se deu através do Código Eleitoral de 1932, que instituiu que as mulheres poderiam votar e serem votadas. No entanto, o voto era condicionado a uma série de restrições: poderiam votar apenas as mulheres casadas - com autorização dos maridos -, as viúvas e solteiras que tivessem renda própria. Somente em 1934, essas restrições foram eliminadas.


Na prática, porém, a pressão sobre a jornada de cuidados com a casa, os filhos e o marido, não permitiam que a mulher ocupasse os espaços de debate político. Além disso, visto como um espaço tipicamente masculino, as mulheres que “ousavam” ocupá-lo eram vistas como “radicais”.


Em 1995, o PL 9100/95 regulamentou as regras eleitorais e indicou que fossem previstos percentuais de vagas a serem preenchidas por mulheres. Esse percentual era de 20% que, após aprovação da Lei das Eleições, foi extendido para 25% e 30%.


Apesar do avanço, ainda havia uma disparidade muito grande do aporte financeiro distribuído pelos partidos para as candidaturas masculinas e femininas. Por isso, em 2018, foi estabelecido que deveria se equiparar o percentual mínimo de candidaturas femininas ao mínimo dos recursos do fundo partidário. Isto é, 30%.


O fim das coligações nas eleições proporcionais para as Casas Legislativas, aprovado esse ano, também incide positivamente sobre a participação feminina. Se, antes, o preenchimento da cota poderia se dar por coligações, agora deve ser feita por cada partido, o que aumenta as chances de mais mulheres na política.



Comentários


  • Instagram - White Circle
  • Facebook - Círculo Branco
bottom of page